O Papel do Consumidor na Logística Reversa de Embalagens

Entenda como você consumidor pode contribuir para uma economia circular, através de um consumo mais consciente e descarte adequado das embalagens.

Embalagens em Geral e a Responsabilidade
Compartilhada na Logística Reversa

Responsabilidade compartilhada

A transição para uma economia circular só é possível com a participação e engajamento dos consumidores, que assumem papel essencial na “responsabilidade compartilhada” pelos resíduos. Segundo a PNRS, os fabricantes, distribuidores e consumidores compartilham a responsabilidade pelos resíduos gerados após o consumo de produtos, de forma a viabilizar a logística reversa desses materiais, ou seja, seu retorno ao ciclo produtivo ou destinação ambientalmente adequada.

Embalagens em geral

Aqui vamos focar nas embalagens em geral, grupo de resíduos contemplados no sistema de logística reversa da Polen. Este grupo de resíduos abrange embalagens de papel, papelão, plástico, alumínio, aço, vidro, embalagens cartonadas (tipo longa vida), ou demais embalagens mistas (Planares). As embalagens em geral são geradas após o consumo de diversos tipos de produtos embalados como produtos alimentícios e cosméticos, desde que não contenham produtos perigosos, como químicos e produtos tóxicos. Produtos perigosos como eletroeletrônicos, pilhas, baterias, lâmpadas e óleo lubrificante possuem sistemas de logística reversa próprios e devem ser descartados em pontos de coleta específicos que aceitem esses materiais.

Impacto das embalagens

As embalagens representam aproximadamente 33% do total de resíduos sólidos urbanos (RSU) gerados no país, sendo compostos principalmente pelos plásticos (16,8%), papel e papelão (10,4%), vidros (2,7%), metais (2,3%), e embalagens multicamadas (1,4%) (Planares). Porém, apenas 4% dos materiais recicláveis são efetivamente reciclados (Abrelpe).

Muitos desses materiais acabam sendo descartados incorretamente no meio ambiente, contaminando solos, rios e mar, e impactando os animais que os habitam. Outra parcela é disposta em aterros sanitários ou lixões, impedindo o reaproveitamento de sua matéria prima. Para minimizar o impacto ambiental gerado por esses resíduos e garantir seu retorno ao ciclo produtivo, os consumidores devem se responsabilizar pelo seu descarte adequado, de forma a viabilizar o reaproveitamento desses materiais através da reciclagem.

Descarte correto das embalagens

Para o descarte correto das embalagens, siga o passo a passo:
1. Lave os materiais antes de descartá-los
Materiais sujos com restos de alimento inviabilizam seu reaproveitamento, além de atrair animais indesejados e dificultar o posterior manuseio desses materiais.
2. Separe uma lixeira específica para recicláveis
No Brasil, a coleta dos resíduos recicláveis secos ainda é feita de forma conjunta, portanto não há necessidade de separar papéis, de plásticos, vidros e metais. Estes podem ser dispostos na mesma sacola e serão posteriormente segregados em centrais de triagem. Atenção: Não misture orgânicos, materiais contaminados ou tóxicos junto aos recicláveis!
Caso exista coleta seletiva na sua rua
Disponha a sacola de recicláveis na rua no dia da coleta seletiva. Busque saber qual o dia da coleta seletiva de recicláveis na sua rua, que pode ser feita por cooperativas de catadores ou coleta municipal. Os municípios exigem uma sacola de cor específica para identificar os materiais recicláveis, então busque saber como funciona na sua cidade!
Caso ainda não exista coleta seletiva na sua rua
Alguns passos podem ser seguidos: entre em contato com a Prefeitura do seu município para se informar melhor e, caso não haja de fato, procure uma cooperativa de catadores, ponto de entrega voluntária (PEV) de embalagens ou central de reciclagem mais próxima da sua casa para destinar os resíduos.
Clique aqui e entenda mais sobre PEV''s
Caminho dos resíduos: Para onde vão as embalagens depois do descarte?
Os recicláveis separados nas casas ou em PEVs são coletados por caminhões que transportam o material até galpões de reciclagem operados em geral por organizações de catadores de materiais recicláveis. Nesses galpões, os materiais são separados manualmente por tipologia, separando tipos de plásticos como PET, PP, PVC, PEAD, embalagens longa vida, papéis, papelão, vidros e metais. Os materiais separados por tipologia são então prensados em fardos e comercializados para empresas comercializadoras ou diretamente a indústrias de reciclagem, onde serão processados e servirão de matéria prima para novos produtos.

Consumo Consciente

Como contribuir para uma economia circular através do consumo consciente

O envolvimento do consumidor não se restringe apenas ao descarte correto das embalagens e demais materiais recicláveis. O papel do consumidor também abrange a conscientização pelas decisões na compra de produtos, tendo a oportunidade de promover mudanças nos padrões de consumo.

Dentre as responsabilidades estabelecidas na PNRS, o cidadão é responsável não só pelo encaminhamento correto dos resíduos que gera, mas também tem a oportunidade de promover mudanças ao exercer o seu papel como consumidor.

Como contribuir para uma economia circular através do consumo consciente
1. Repense / não gere:
Você realmente precisa consumir este produto? Quais são as origens desse material e qual a quantidade de resíduo que será gerada após seu consumo?
2. Reduza:
Evite o consumo exagerado de produtos e desperdício. Escolha produtos com menos embalagens ou embalagens biodegradáveis.
3. Reutilize:
Se possível, reutilize as embalagens para novas funções, como ‘potes’ para armazenar objetos.
4. Separe e Recicle:
Quando gerar lixo, disponha em locais adequados para viabilizar seu reaproveitamento pela reciclagem
5. Disposição final:
Coloque na ‘lixeira comum’ para coleta convencional apenas os rejeitos não passíveis de aproveitamento!
Algumas estratégias para o consumo consciente

Escolha marcas responsáveis que se responsabilizam pelos resíduos gerados e por formas de produção mais ecológicas

Consulte na embalagem certificações ambientais, selos de reciclabilidade do material e de logística reversa - podem ser indicativos de marcas mais responsáveis

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